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quinta-feira, 19 de junho de 2014

Mais patriota que muitos brasileiros

Em meio a eliminação precoce da Espanha na Copa do Mundo de 2014, voltou a tona um assunto que já tinha lotado as páginas de jornais, programas esportivos: a decisão de Diego Costa. Após jogar no Brasil, seu país natal, Diego foi vaiado com toda força possível, e xingado com a maior falta de educação possível. Com a eliminação precoce da seleção espanhola, o jogador espano-brasileiro foi simbolo de chacota nas redes sociais, para muitos, de maneira equivocada.


Diego Costa ganhou destaque no futebol mundial nas temporadas 12/13 e 13/14 jogando pelo Atlético de Madrid, enfrentando nomes como Messi e Cristiano Ronaldo passo a passo. Apresentando um bom futebol ao lado de Falcão Garcia, Diego foi convocado por Felipão no início de 2013, jogando por 35 minutos em duas partidas. Continuado em um ótimo ritmo em seu clube, o atacante acabou não sendo chamado pelo treinador gaúcho para a disputa da Copa das Confederações, despertando assim o interesse da seleção Espanhola (que poderia contar com o jogador, já que Diego jogou apenas jogos não oficiais pela seleção brasileira, e ter nacionalidade espanhola). Dito e feito, Vicente Del Bosque buscou o jogador, e afirmou convoca-lo. O lagartense acabou sendo escolhido pelas duas seleções, simultaneamente, assim escolhendo a seleção ibérica. 

A seleção da Espanha vivia, ou até mesmo vive, um deficit de bons atacantes, já que Fernando Torres, então titular, vinha em má fase. Muitos brasileiros, em período de Copa principalmente, acham que tem razão ao xingar os seus adversários e ovacionar a seleção brasileira, achando que isso o tornará mais patriota possível. Ao afirmarem que Diego Costa é traidor, apenas confirmam as manchetes aplicadas pela grande mídia, mas esquecem de afirmar a sua paixão e grande ligação com sua cidade natal, Lagarto, onde cuida de mais de 200 crianças com cesta básica, aula de informática, de futebol e mantém a escola onde eles estudam. Isso não é ser patriota?  

Posso ficar aqui e escrever milhares e milhares de palavras defendendo a escolha de Diego Costa, mas as suas atitudes no futebol e na sua vida social já respondem com as melhores palavras a ignorância daqueles que limitam-se a meias palavras.

Por Marcel Monteiro

segunda-feira, 16 de junho de 2014

Guerra? Não, Copa

Todos nós sabemos do medo em que os americanos vivem após o atentado de 11 de setembro, o que não seria diferente na viagem e estadia da delegação americana durante a Copa do Mundo de 2014, aqui no Brasil. Já com uma chegada conturbada em São Paulo, cheia de soldados e seguranças particulares, o EUA já mostrou que o futebol poderia faltar, mas a segurança tem que está presente. 


Durante a Copa do Mundo, serão criados dois centros de vigilância no Brasil, sendo um no Rio de Janeiro e outro em Brasília. Duas unidades com homens da CIA e a FBI acompanharão os passos dos turistas durante a estadia aqui no Brasil, assim como estarão disponíveis para a defesa da delegação americana. Mesmo com essa segurança, o governo brasileiro mantém as Forças Armadas Brasileiras presente na concentração do EUA, assim como faz com outras seleções. 


Sempre que saem para o treinamento ou para os jogos, além da segurança do Brasil, Há, também, uma van, na qual viajam os agentes de segurança do governo dos Estados Unidos. Todos à paisana, fazem o possível para não chamar a atenção. Os arredores do hotel também são vigiados por seguranças norte-americanos. Com cara de poucos amigos, eles são orientados a não dar informações sobre os passos e rumos da delegação comandada pelo técnico Jurgen Klinsmann.

Por Marcel Monteiro

terça-feira, 3 de junho de 2014

Brasil x Panamá - O que achar?

Os amistosos internacionais estão rolando nessa pré-copa, mas hoje foi um dia especial: Brasil entrou em campo. Após alguns treinos em Teresópolis, a "Família Felipão II" foi até Goiânia jogar contra o "poderoso" Panamá. A vitória já era certa, após o lindo futebol jogado na final da Copa das Confederações, mas quando a bola rolou, não foi aquilo que era esperado.


(Foto: Wander Roberto / VIPCOMM)
Quando começou o jogo, o Brasil tentou aplicar o estilo frenético que deu certo contra a Espanha, mas a boa marcação do time do Panamá acabou dificultando. Não se sabe se a boa marcação panamenha foi o que complicou o ínicio brasileiro, mas o time que foi campeão da Copa das Confederações não jogava junto desde a final daquela mesma competição. Assim que vi a boa marcação, pensei: "Começa apertando assim, mas depois de 10 minutos, abre as pernas e o Brasil goleia", quase acertei. Aos 25 minutos, surgia uma falta perigosa na entrada da área panamenha, ai que surge a figura do jogo: Neymar cobrou perfeitamente, e colocou a bola no ângulo. Era a arma que o Brasil precisava, já que não conseguia infiltrar a zaga do Panamá.

(Foto: Wander Roberto / VIPCOMM)
Após o gol, a boa marcação continuava, mas de forma mais frágil, tanto que o segundo gol brasileiro surgiu na falta de uma boa cobertura, onde Daniel Alves, ajeitou, ajeitou, ajeitou, e acabou chutando de bico, no canto do goleiro McFarlane. Jogando com dois gols a mais, sabíamos que o segundo tempo viria mais, até porque o Panamá não teria  poder de reação, já que veio para jogar atrás, e assim foi: menos de um minuto, Neymar deu um belo toque de calcanhar, e Hulk complementou de trivela, na saída do goleiro. Após o terceiro gol, Felipão teve a oportunidade de testar seus jogadores, e aplicar o que tinha dito na coletiva nos dias anteriores: Já tenho quatro alterações certeiras. Entraram Maxwell, Maicon, Hernanes, Jô, Henrique e William, que viria a fazer o quarto gol após o cruzamento do lateral do PSG.

(Foto: Wander Roberto / VIPCOMM)
EM ALTA: Neymar, carregou o time nas costas, e ajudou  seus parceiros. Na Copa, pode ser importante individualmente, quanto táticamente.

EM BAIXA: Oscar e Fred, ofuscados pela defesa do Panamá, e posteriormente por William e Hulk, respectivamente.

SURPRESA: Boa marcação da defesa do Panamá


Marcel Monteiro